Que criança brasileira não leu durante a infância ao menos uma obra do Monteiro Lobato? Eu fui uma delas. Era apaixonada pelas histórias do famoso escritor, tinha (tenho até hoje) toda a coleção. Cada vez que um livro chegava pelo correio, logo queria ler junto com a minha mãe e também colorir as gravuras… momentos únicos e saudosos que fizeram me apaixonar por ler.
Emília era o meu personagem favorito. A boneca que adorava falar, contar e inventar mil histórias diferentes, tinha uma forma convincente de se comunicar, falando tudo o que pensa com uma coragem surpreendente.
Após largar a faculdade de engenharia da computação, por obviamente constatar que não havia a menor sintonia com o que eu gostaria de fazer, decidi trabalhar em São Paulo na revista Automóvel & Requinte, da editora Rosa. O contato com a redação e o dia a dia de um veiculo de comunicação apontaram mais uma vez para a direção que há tempos já deveria ter seguido, que era ingressar no universo da comunicação.
Depois de ingressar na faculdade de comunicação e artes, com habilitação para jornalismo, veio a certeza de finalmente ter feito a escolha certa. Já no segundo ano, comecei a fazer estágio na emissora afiliada ao SBT na Baixada Santista, que na época era conhecida como TV Brasil. A experiência foi marcante e fundamental para estreitar relacionamento com os principais órgãos da cidade, sindicatos, ONGs e secretarias de governo.
Definitivamente, esse foi o grande aprendizado e que serviria de base e referência para todo um futuro que em breve se desenharia, dentro da comunicação. Foram três anos lidando com gestão de crises, eventos e atendendo a imprensa local e do resto do país em todos os assuntos relacionados à cidade de São Vicente. Durante esse tempo, o conhecimento adquirido no setor de rádio, impresso, clipagem, fotografia e TV foram fundamentais para a formação e aprofundamento na área de assessoria de comunicação.
Após a saída da secretaria de imprensa, recebi um convite para trabalhar na maior agência de comunicação do país. Ocupei o cargo de atendimento durante um ano, mas o falecimento trágico do meu pai me impediu de continuar, devido à grande depressão que sofri na época. E então, após o desligamento da empresa, decidi empreender na área de comunicação e assim começar a dar os meus primeiros passos em um voo solo. Hoje, a empresa que começou em 2006 conta com uma talentosa e comprometida equipe e atua no Brasil, Estados Unidos e Portugal.